Wednesday, March 9, 2005

é este o ambiente que paira neste blog

We're All Mad Here

You can hang me in a bottle like a cat
Let the crows pick me clean but for my hat
Where the wailing of a baby
Meets the footsteps of the dead
We're all mad here

As the devil sticks his flag into the mud
Mrs Carol has run off with Reverend Judd
Hell is such a lonely place
And your big expensive face will never last

And you'll die with the rose still on your lips
And in time the heart-shaped bone that was your hips
And the worms, they will climb the rugged ladder of your spine
We're all mad here

And my eyeballs roll this terrible terrain
And we're all inside a decomposing train
And your eyes will die like fish
And the shore of your face will turn to bone

Tom Waits


Tuesday, March 8, 2005

Hoje é dia de ir ao TAGV ouvirver

isto



e isto

Monday, March 7, 2005

no bater da horas
todos os silêncios são minutos amurados

à espera do fim.

nuno travanca


Sunday, March 6, 2005

mais uma tradução caseira

Não temas o silêncio quando já não há palavras
nas tuas mãos.

Elizabeth Azcona Cranwell




Everyday is like Sunday
Everyday is silent and grey

Morrissey

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Wednesday, March 2, 2005

PEDRAS NOCTURNAS E DIURNAS

Não se pede segredos a uma pedra. Diz-se à criança: - Fica muda, de pedra.
Sempre houve pedras mais pedras que outras que são preciosas, pedras que se tingem das cores que assombram. Pedras que dão sombras para adormecer. Pedras que de noite se escondem no ar, assustam. Pedras que cortam árvores e outras que adormecem a seus pés, lembram rebanhos curvados. Há pedras que estão de cabeça levantada à espera da mão de Deus?
Todas as pedras deambulam. Evadem-se. Os ventos do céu sabem disso. Na montanha a voz das pedras sente-se pesada. (A montanha escoou-se entoando a pedra.)
- Estrondosa, diz-se à criança. Sacodem o silêncio que abriga sementes e as revestia. Belos animais pardos e luzidios com quem falamos. Nocturnos e diurnos, dentro e fora da terra. Pedras nos compêndios escolares e à chuva com fastidiosa passividade. Pedras com cabeça de nuvens. E pedras no bolsito da criança.
Há a pedra sombreada enquanto a Lua parece a pedra do céu. Há a que retém lágrimas demais, se se quiser, orvalho, por ser triste pela manhã. Há pedras alegres que são espelhos as mais das vezes. Abrem-se e a criança entra nas portas encerradas.

José Emílio-Nelson

Tuesday, March 1, 2005

E depois? depois, morreram as vacas e ficaram os bois


(mais um momento narcisista da lebre)