Suspensos na saudade
(moldada a medo)
deslizam pelo silêncio espelhos
em tons monocromáticos
criam sonhos desconexos
em pontas dos pés
onde a morte das abelhas envelhece as sombras
e peixes vermelhos brilham na violência do vento
delírios electrificados onde a luz canta baixinho
e as imagens dançam em desordem
é difícil acordar no interior da noite
(pintada em tons de sonho)
quando a luz amadurece nos corpos adormecidos
mergulhando num abismo de abelhas e peixes
sonhos cambaleando pela dor da respiração
numa ressaca onde acordo e apago memorias
ouvindo ainda restos da tua voz
perfumando o silencio.
eue
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