Thursday, September 30, 2004



em dias que de dias são cenários

vi num olhar onde chovem todas as cores

palavras esquecidas no vagar da insónia



abertas a um frio que já não existe

dos olhos soltam-se como borboletas rente ao sonho



em arrepios de luz tenho as mãos

a percorrer a vertigem da cegueira

e num clarão que se abre na memória

chego a um lugar que não é meu





eue





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