Friday, October 22, 2004

fala-me das cores, das margens anoitecidas sem eco

onde o ar é irrespirável e dentro das palavras há paisagens



presa nos cantos da casa a noite desvia-se da ausência

não me falas da noite e eu trago-te o dia



amanheces-me nas cores onde as palavras são despidas de corpo

perdem-se num tempo onde a tua voz é passado

divide-se em mil pedaços onde os pássaros não voam

e o rumor das arvores faz silencio



esqueço-te em palavras ditas



eue








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