Não conseguia escrever. Aquilo acontecia de vez em quando. Mas nunca durante tanto tempo. Sentia-se perdida, com medo. Sentia falta das suas histórias, de criar coisas que não existiam antes, de escrever durante a noite e ouvir os pássaros ao amanhecer, e depois dormir um pouco e levantar-se para fazer café.
(…)
Mas agora não conseguia escrever. E os dias e as noites eram muito longos, quase intermináveis.
Ana Teresa Pereira
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