hoje apetecia-me ir ao States
Friday, August 31, 2007
Thursday, August 30, 2007
Se procuro o teu rosto
no meio do ruído das vozes
quem procura o teu rosto?
Quem fala obscuramente
em qualquer sítio das minhas palavras
ouvindo-se a si próprio?
Às vezes suspeito que me segues,
que não são meus os passos
atrás de mim.
O que está forá de ti,falando-te?
Este é o teu caminho,
e as minhas palavras os teus passos?
Quem me olha desse lado
e deste lado de mim?
As minhas dúvidas,até elas te pertencem?
Manuel António Pina
no meio do ruído das vozes
quem procura o teu rosto?
Quem fala obscuramente
em qualquer sítio das minhas palavras
ouvindo-se a si próprio?
Às vezes suspeito que me segues,
que não são meus os passos
atrás de mim.
O que está forá de ti,falando-te?
Este é o teu caminho,
e as minhas palavras os teus passos?
Quem me olha desse lado
e deste lado de mim?
As minhas dúvidas,até elas te pertencem?
Manuel António Pina
Wednesday, August 29, 2007
Tuesday, August 28, 2007
Friday, August 24, 2007
Thursday, August 23, 2007
Tuesday, August 21, 2007
em amanheceres onde tudo o que foi ferido
vira sombra
ainda há doçura no interior da boca
com os olhos abertos no meio do silêncio
pesas-me nos lábios
dispo-me de ti com o vento a atravessar a pele
fomos feitos de copiar dos dias o que perdemos
a respiração compromete a ausência
afinal somos feitos de regressos
Maria Sousa
vira sombra
ainda há doçura no interior da boca
com os olhos abertos no meio do silêncio
pesas-me nos lábios
dispo-me de ti com o vento a atravessar a pele
fomos feitos de copiar dos dias o que perdemos
a respiração compromete a ausência
afinal somos feitos de regressos
Maria Sousa
Monday, August 20, 2007
para o miguel maria
Litania para um limoeiro urbano
Para mover o céu e os alicerces, partir
velhos caixilhos e cantarias, chega o último
dos moradores. Cumprindo o tempo das
polpas douradas, o estio das crianças ficará
ainda algum tempo nos retratos
sépia, com hidrângeas e bicicletas, expulso
para sempre o cio dos gatos e o impudor
dos ramos nas florações precoces.
Inês Lourenço
Litania para um limoeiro urbano
Para mover o céu e os alicerces, partir
velhos caixilhos e cantarias, chega o último
dos moradores. Cumprindo o tempo das
polpas douradas, o estio das crianças ficará
ainda algum tempo nos retratos
sépia, com hidrângeas e bicicletas, expulso
para sempre o cio dos gatos e o impudor
dos ramos nas florações precoces.
Inês Lourenço
Sunday, August 19, 2007
deixa as sandálias
à entrada
por baixo da sombra do arbusto
o odor a sândalo
será o primeiro sinal
e as presilhas soltas, o segundo
deixa a túnica
meticulosamente dobrada
debaixo do imediatamente a seguir
descansa, e pensa só na avestruz
corre então como ela
e a poeira que te arderá nos olhos
considera-a presença
de teu gosto vivo pelos pássaros
Ana Paula Inácio
à entrada
por baixo da sombra do arbusto
o odor a sândalo
será o primeiro sinal
e as presilhas soltas, o segundo
deixa a túnica
meticulosamente dobrada
debaixo do imediatamente a seguir
descansa, e pensa só na avestruz
corre então como ela
e a poeira que te arderá nos olhos
considera-a presença
de teu gosto vivo pelos pássaros
Ana Paula Inácio
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