Estou a ver a casa e estou a ver-me nela:
confusamente embora as portas ao fechar-se
fazem cair-me as pálpebras, suas noites de Inverno
são só meus pés frios, é carne desta carne
ou eu sou pedra dela e ela é como casca
diminuta em meu bolso e eu como uma caixa
já vazia de chá em seu ventre de barco.
Mas é a minha casa, ou a casa que eu tive,
Onde escolher maças para adoçar-me a boca
E andar pelos armários com a boneca partida
Até ao armário partido com portas catedrais
Que guardavam o estrume para outras sementeiras.
María Victoria Atencia
5 comments:
delicioso poema e bem ilustrado
creepy....
(deliciosamente ;-)
:)
uma vez fiz uma recolha de fotos da rachel stone. mas nunca as consegui em tamanho tão grande! como é que fazes, ó ranhosa?
:)*
:P
são coisas que nem a lebre sabe explicar.
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