A roupa estendida a desfeitear raparigas
as mãos delas prendidas nas outras
os olhos em tanques de água,
os dedos frios alongados no pátio,
saem para a praça vestidas no céu
que vela os mortos, os cabelos
entrelaçados nos beirais da chuva
a roupa seca balançada os olhos.
Alexandre Nave
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